O trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) na política de HIV/AIDS

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Kátia Bones Rocha
Ana Carolina Tittoni da Silveira
Aline Fernanda Giacomelli Gazzola
Dandara Varela da Silva
Raphaela Popoviche Eifler

Resumen

O trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) na política de HIV/Aids está em construção nas equipes de atenção básica (AB). O presente estudo  teve como objetivo analisar os atravessamentos relacionados a temática de HIV/Aids na atuação dos ACS a partir da interlocução dos atores envolvidos, tendo em vista que se trata de uma política em disputa. Utilizou-se o método qualitativo exploratório. A coleta de dados foi realizada em 15 unidades de saúde de Porto Alegre. Utilizou-se um recorte de 14 entrevistas com profissionais da atenção básica e da gestão em HIV/Aids compreendidas e analisadas através da análise temática. Os resultados agrupam-se em: a) Potência e Função dos ACS; b) Inserção dos ACS na equipe; c) HIV e Território. O trabalho dos ACS mostra-se uma potente via de promoção e prevenção relacionada a política de HIV/Aids nos cotidianos de prática, tendo em vista que trazem a cultura e demandas locais à equipe, funcionando como um elo entre o território e a unidade. No entanto, nem sempre esses são reconhecidos enquanto parte das equipes. Tratando-se do estigma relacionado ao HIV/Aids, percebeu-se que os ACS ocupam uma posição paradoxal, já que, por vezes, residem na mesma comunidade dos usuários, o que pode complexizar as relações de trabalho e sigilo. Assim, há lacunas na consolidação do ofício dos ACS como a falta de investimentos na formação específica e no desenvolvimento de seu fazer, que se desdobram no relacionamento com a equipe e os usuários do serviço, podendo obstaculizar os processos de trabalho previstos.

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Sección
Artículos de Investigación
Biografía del autor/a

Kátia Bones Rocha, Pontifícia Católica do Rio Grande do Sul

Docente do Programa de Pós-Graduação e do curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) (2012-Atual). Coordenadora do grupo de pesquisa Psicologia, Saúde e Comunidades desde 2013. Editora associada da revista Psico (A2) (2013-Atual). Doutora em Psicologia pela Universitat Autònoma de Barcelona (UAB), España (2011). Pesquisadora e professora assistente na Universidade de Toronto (2010-2011). Pesquisadora na Agència de Salut Pública de Barcelona (ASPB) (2007-2011). Residente especialista em Saúde Coletiva pela Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (2004-2005). Conselheira do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul (2004-2005). Mestre em Psicologia Social pela PUCRS (2002-2003).Graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1997-2002). Tem experiência na área de Psicologia e Saúde Coletiva, com ênfase em Psicologia Social e da Saúde. Bolsista produtividade nível 2 do CNPq.

Ana Carolina Tittoni da Silveira, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)

Psicóloga graduada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestranda em psicologia no Programa de Pós-Graduação em psicologia da PUCRS sob orientação da professora Doutora Kátia Bones Rocha.

Aline Fernanda Giacomelli Gazzola, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)

Estudante de psicologia pela PUCRS e bolsista de Iniciação Científica no Grupo de Pesquisa "Psicologia, Saúde e Comunidades" coordenado pela professora Doutora Kátia Bones Rocha.

Dandara Varela da Silva, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)

Psicóloga graduada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

Raphaela Popoviche Eifler, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)

Psicóloga graduada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Residente em Dermatologia Sanitária pela Escola de Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Sul.