Direitos humanos e trabalho infantil na Amazônia: a lógica do capital predatório e a subversão de crianças no norte do Brasil

Contenido principal del artículo

Simei Santos Andrade
Raquel Amorim dos Santos

Resumen

O estudo tem por objetivo analisar a lógica do capital predatório para com o grupo geracional infância, e como as crianças ribeirinhas, indígenas, caboclas, quilombolas, pescadoras, praieiras, camponesas, povos da floresta, sem-terra, assentadas, pequenas agricultoras, imigrantes, colonas e urbanas subvertem essa lógica capitalista. A metodologia aplicada se deu por meio de uma abordagem qualitativa, baseada numa pesquisa bibliográfica e documental. A base de dados que fomentou o estudo centrou-se em organizações governamentais e não governamentais com destaque para UNICEF, IMAZON, IBGE, OIT, Agência Brasil, Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Ministério da Educação, Ministério da Justiça/Polícia Rodoviária Federal, Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, com foco na Amazônia paraense. Os principais resultados mostram que o atendimento às necessidades básicas das crianças e as políticas de proteção e seguridade social para o seu pleno desenvolvimento ainda são um grande abismo entre o que o Estado, por meio das políticas públicas e da legislação diz, e o que as crianças vivem de fato nos diversos espaços geográficos da Amazônia. As conclusões do estudo mostram que as crianças, mesmo com a exploração de sua mão de obra que rouba seus direitos a uma vida digna, a brincar, a ir à escola, à educação, à saúde e à habitação de qualidade, ainda assim subvertem a lógica capitalista e por meio de suas culturas infantis lutam e resistem à barbárie do mundo "civilizado".

Detalles del artículo

Sección
Artículos de la Sección Temática
Biografía del autor/a

Simei Santos Andrade, Universidade Federal do Pará (UFPA).

Pós-Doutora em Artes pela Universidade Federal do Pará. Doutora em Educação pela PUC Minas (2018). Mestre em Educação pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (atual UNASP-2005), Especialista em Arte-Educação pela PUC Minas (2013) e em Currículo e Avaliação na Educação Básica pela UEPA (1999), Licenciada em Pedagogia (UFPA-1997) e Bacharelado em Serviço Social (UFPA-1988). É Professora Adjunta da Universidade Federal do Pará atuando nos cursos de graduação e pós-graduação nas áreas de teatro e dança. Coordenadora do NUPEIA - Núcleo de Pesquisa Infâncias Amazônicas: Arte, Cultura e Educação de crianças em diferentes contextos (UFPA/CNPq-2019). Pesquisadora do NUPES - Núcleo de Pesquisa Social: Teoria Crítica da Sociedade, Cultura e Infância (PUC Minas/CNPq-2014), do TAMBOR - Grupo de Pesquisa em Carnaval e Etnocenologia (UFPA/CNPq-2008). É membro da ALAS - Asociación Latinoamericana de Sociologia.

Raquel Amorim dos Santos, Universidade Federal do Pará (UFPA).

Faculdade de Educação do Campus Universitário de Bragança/PA.