Composições possíveis: travessias no pluriverso dos encontros com a surdez

Conteúdo do artigo principal

Lucila Lima da Silva
Marcia Oliveira Moraes

Resumo

Este artigo tem o objetivo de colocar em xeque a oposição binária que separa surdos e ouvintes, como se fossem dois mundos distintos, cada qual marcado com sua própria cultura e língua: a língua brasileira de sinais em oposição ao português. Partindo de uma metodologia que se baseia de um lado, nos encontros mistos entre surdos e ouvintes (Martins, 2006) e, de outro lado, na narrativa de histórias do cotidiano, o texto indica que o binarismo não nos leva ao encontro da diferença. Assim, o trabalho conclui indicando que a tradução como versão, tal como proposta por Despret, (2012), é um modo de compor um mundo comum não como um universo, mas como pluriverso (Latour, 2011). A composição do comum como pluriverso é uma ação cotidiana, é também uma aposta ética e política a ser ativada reiteradamente no encontro com a diferença.

Detalhes do artigo

Seção
Artículos de Investigación
Biografia do Autor

Lucila Lima da Silva, Psicóloga do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal Fluminense (PPGPsi/UFF).

Psicóloga do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal Fluminense (PPGPsi/UFF). Especialista em Saúde Mental pela Residência Multiprofissional em Saúde Mental da Escola de Saúde Mental do Rio de Janeiro (ESAM/RJ). Graduada em Psicologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Marcia Oliveira Moraes, Universidade Federal Fluminense

Professora Titular no Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Docente permanente no Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFF. Doutora em Psicologia pela PUC/SP.