Estresse acadêmico e mal-estar em professores universitários durante o ensino remoto na pandemia de COVID-19

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Leonita Chagas de Oliveira
Julio Cezar Albuquerque da Costa
Leogildo Alves Freires

Resumo

O presente estudo teve como objetivo avaliar as relações do estresse acadêmico e mal-estar psicológico com variáveis sociodemográficos, através de modelos comparativos, associativos e preditivos, a fim de investigar esses fenômenos em professores universitários que adotaram o ensino remoto de maneira emergencial durante a pandemia de COVID-19 no Brasil. Para tanto, foi adotado o método quantitativo, de corte transversal, caráter descritivo e correlacional, em que participaram 257 professores universitários com idade média de 45,41 anos (DP=11,02). Os resultados apontaram uma correlação positiva do medo do Covid-19 com ansiedade-traço e estresse acadêmico. Em relação ao estresse acadêmico e estresse percebido, as mulheres apresentaram maiores níveis em relação aos homens, enquanto a presença de filhos no cotidiano de professores universitários diminui níveis de estresse acadêmico. Ademais, professores com transtorno psiquiátrico e o diagnóstico prévio de Covid-19 tiveram o aumento de níveis de ansiedade-traço. E professores com transtorno psiquiátrico apresentaram um aumento de níveis em ansiedade-estado e estresse acadêmico. Portanto, é essencial criar estratégias para que os professores possam lidar com o estresse e mal-estar gerado no ambiente acadêmico. Desse modo, acredita-se que o presente estudo apresenta contribuições significativas para a realização de ações específicas no contexto universitário, buscando promover debates e melhorias na saúde mental e na qualidade de vida dos professores.

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Artículos de Investigación